'O MECANISMO' nova série Netflix que você não pode deixar de assistir!

quinta-feira, 15 de março de 2018


Nós já falamos em um post antigo sobre as novidades que viriam no mês de março para o catálogo Netflix, e dentre elas estava a série 'O Mecanismo'. Com estreia marcada para a próxima sexta-feira (23), a série promete expor muito cinismo, corrupção e demagogia, segundo as palavras de um dos criadores, José Padilha. O que você não sabe é que, apesar de tratar de política, você não precisa entender desse tema para amar a série.

O enredo é composto do delegado Marco Ruffo  (Selton Mello), personagem principal e "pai" da operação anticorrupção. Sua discípula Verena (Caroline Abras), uma policial determinada e ambiciosa. O grande investigado e corrupto é o personagem Roberto Ibrahim (Enrique Diaz), que pretende ironizar bastante a lei e promover a imagem de que sempre é possível escapar da polícia. Além disso, seus personagens menores também contam com nomes já conhecidos de outros carnavais: Lee Taylor (Salve Geral), Antonia Saboia (O Lobo Atrás da Porta), Jonathan Haagensen (Cidade de Deus), Alessandra Colasanti (A Verdadeira História da Bailarina de Vermelho), Leonardo Medeiros (Budapeste), Otto Jr. (O Abismo Prateado) e Susana Ribeiro (Liberdade, Liberdade).


Em entrevista ao Omelete, o protagonista da série, Selton Mello, revelou querer ser memorável neste papel. O ator já buscava uma oportunidade há algum tempo de trabalhar com Jose Padilha, diretor do filme Tropa de Elite e Tropa de Elite II, e 'O Mecanismo' foi a oportunidade perfeita'. Para Selton, que já trabalhou em televisão, cinema e teatro, será uma estreia em uma plataforma streaming, e ele vê nisso uma oportunidade de impactar um público ainda maior. Seu contrato assinado abre margem para uma possível segunda temporada, que segundo o ator é o contrato padrão oferecido pela Netflix. Acrescentou que a empresa ainda não anunciou nenhuma data de produção para a segunda temporada, mas que se for produzida será, provavelmente, no próximo ano. 

Como de praxe, foram divulgados dois episódios para a imprensa, e a novidade é que a série será narrada pelo delegado Marco Ruffo. Além disso, tanto o criador da série, quanto o próprio Selton Mello, já enfatizaram que a produção foi feita inspirada livremente na Operação Lava Jato, mas não traz consigo nenhuma responsabilidade com a realidade. Os nomes são diferentes e mesmo que as associações são impossíveis de não serem feitas, são desencorajadas por Padilha. 


A série vai focar em como a corrupção está intimamente ligada à política brasileira, e em todo o mecanismo em si. Por isso você não precisa ser um grande conhecedor de política, e sim saber o que todo brasileiro já presencia: a forma com que tudo está tão conectado à corrupção e ao nosso desejo por tirar tudo isso a limpo.




Um comentário

  1. Eu acho que é uma ótima opção! O mecanismo, deve dividir opiniões. O motivo é que, nos dias de hoje, tudo no Brasil que se relaciona a política tende a polarizar e a produção retrata os desdobramentos da operação Lava-Jato no Brasil, ação da Polícia Federal que denunciou um esquema de corrupção envolvendo políticos e empreiteiros. Apesar disso, o diretor e produtor-executivo, gosta de ressaltar que a série está fora de ideologias. A série estabelece uma boa narrativa e consegue prender o espectador. A promessa é de ainda mais agilidade, pelo menos foi o que garantiu o diretor Daniel Rezende (Bingo), que comandou o set nos dois últimos episódios. Apesar de não ser um protagonista óbvio e ter mais ar de vilão, Enrique Diaz é o grande destaque da série. Com uma bela atuação, ele entrega um Ibrahim ao mesmo tempo cínico, empático e até engraçado. O núcleo do personagem é o alívio cômico da série, que tem um ar de seriedade, afinal de contas, retrata um tema bastante sério para a história do país. Não tem jeito é quase impossível não comparar O mecanismo com Narcos e Tropa de elite 1 e 2, todos projetos de José Padilha — o que não é ruim se você é fã (como eu) dessas produções. Os motivos são o estilo narrativo escolhido pelo diretor — com uma narração a cada episódio — e também pela mensagem que ele quer passar sobre a política no Brasil, que ele mesmo explicou em entrevista à imprensa: “que só tem bandido, resumindo”.

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